Sala de Leitura – Dr. Carlos Henrique https://doutorcarlosh.com.br Ginecologia e obstetrícia Tue, 03 May 2022 10:14:06 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=6.6.1 https://doutorcarlosh.com.br/wp-content/uploads/2020/06/cropped-Logo-Doutor-Carlos1-2-32x32.png Sala de Leitura – Dr. Carlos Henrique https://doutorcarlosh.com.br 32 32 Parabéns, mamães!!! https://doutorcarlosh.com.br/parabens-mamaes/ https://doutorcarlosh.com.br/parabens-mamaes/#respond Mon, 02 May 2022 13:32:00 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=1064

Nessa data em que comemoramos a divina obra do criador, realizada através do ventre de uma mulher, do ato sublime de gerar uma vida. Gostaríamos de homenageá-las e parabenizá-las.
Como Obstetra, tenho a honra de participar de todas as fases dessa caminhada junto a vocês mães, seus bebês e familiares.
Nessas 40 semanas de muitos cuidados, atenção e muitos detalhes, procuramos nos atentar a todos os fatos desde as primeiras semanas até as últimas.
Da primeira consulta, o “teste de gravidez positivo”, a certeza na imagem revelada no ultrassom, a alegria, a apreensão, novos caminhos, muitas perguntas, dúvidas, as longas falas (mesmo para as mamães veteranas), os cuidados com os exames laboratoriais.
Caminhamos meses juntos, uma vivência que se torna prazerosa, presenciando uma vida sendo gerada ali na minha frente, passo a passo:
os batimentos cardíacos, as diversas posições fetais mergulhadas em um líquido mágico e a presença magnifica da placenta, protegendo uma nova vida…
Tento e me esforço para que o binômio mãe-feto, estejam em completa harmonia: dando ênfase a alimentação natural, as atividades físicas, a hidratação farta, as boas horas de sono, os vínculos com o feto…
“algumas broncas” (essas não podem faltar!)
Mas Drº Carlos!!!
Ouço muito!!!
Respondo: “lembrem-se sempre da história do dedinho do seu bebê, quando você retornar para realizar a sua revisão de parto”.
Cada momento é único: a medida da pressão arterial, o peso corporal a mudar o corpo… o bebê cresce e toma espaço.
Na vida de vocês mães, tudo ganha novos espaços, novas formas: enxoval, chá de revelação, qual nome escolher!!!
Será menino?
Será menina?
Será Gêmeos?
Uma jornada de tantas emoções e expectativas: “parto natural, parto normal, cesárea…
Qual a data provável?
Alguns bebês decidem seu tempo e vem antes, e nós obedecemos a sua vontade… sempre com o olhar voltado para a segurança do binômio mãe-feto.
Sinto hoje de agradecer e manifestar meus sinceros sentimentos por estar com vocês, por confiarem a mim, os cuidados e convivência durante a gravidez e no momento mais sublime da vida: ” o nascimento”.
Feliz dia e mês das Mães!!!
Feliz maternidade a todas as Mães…

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ANEMIA NA GRAVIDEZ https://doutorcarlosh.com.br/anemia-na-gravidez/ https://doutorcarlosh.com.br/anemia-na-gravidez/#respond Fri, 12 Nov 2021 14:06:31 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=759

A anemia durante a gravidez é normal, principalmente entre o segundo e o terceiro trimestre de gestação, pois há uma redução da quantidade de hemoglobina no sangue e um aumento das necessidades de ferro, o que pode resultar em riscos para mãe e para o bebê, como fraqueza, parto prematuro e atraso no crescimento, por exemplo.

Assim, é importante que a mulher seja acompanhada pelo ginecologista e obstetra regularmente, principalmente se tiver sintomas de anemia, para que o tratamento possa ser iniciado caso haja necessidade. Normalmente o tratamento para anemia na gravidez é feito com aumento da ingestão de alimentos ricos em ferro e ácido fólico, como carnes, bife de fígado e vegetais verdes escuros, além de medicamentos com suplementação de ferro.

Sintomas da anemia na gravidez

Os sintomas de anemia na gravidez são pouco específicos e podem ser confundidos com os sintomas da própria gravidez. Os principais sinais de anemia durante a gestação são:

  • Cansaço;
  • Tontura;
  • Dor de cabeça;
  • Dor nas pernas;
  • Falta de apetite;
  • Pele pálida;
  • Olhos descorados.

Além disso, outros sintomas como queda de cabelo também podem aparecer, no entanto são mais comuns nos casos de anemia grave. É importante que assim que surgirem sinais e sintomas de anemia durante a gravidez, o médico seja consultado, pois assim é possível confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento, prevenindo o desenvolvimento de complicações.

O diagnóstico da anemia na gravidez é feito através dos exames de sangue obrigatórios durante o pré-natal, que avaliam a quantidade de hemoglobina e de ferritina presentes no sangue. Valores menores que 11 g/dL da hemoglobina são indicadores de anemia, sendo importante que o tratamento seja iniciado o mais rápido possível para prevenir complicações.

Riscos da anemia na gravidez

A anemia durante a gravidez traz riscos principalmente para a mulher, já que fica mais fraca e tem maior chance de desenvolver infecções pós parto. No caso de anemias muito graves e que não foram identificadas ou tratadas corretamente, o desenvolvimento do bebê também pode ser comprometido, podendo haver baixo peso ao nascer, dificuldade de crescimento, partos prematuros e aborto, por exemplo.

Essas complicações podem ser facilmente evitadas quando o tratamento é feito de acordo com as orientações médicas.

Como é feito o tratamento

O tratamento para anemia na gravidez deve ser feito de acordo com a orientação do ginecologista, podendo ser indicado pelo médico melhora dos hábitos alimentares ou uso de suplementos, por exemplo, pois assim é possível aumentar os níveis de ferro no organismo e, consequentemente, de hemoglobina, combatendo os sintomas da anemia.

1. O que comer

Para tratar a anemia na gravidez recomenda-se a ingestão de alimentos ricos em ferro e ácido fólico como carnes, bife de fígado, feijão, espinafre, lentilha e couve, pois assim é possível repor os níveis de ferro no organismo, o que influencia diretamente na quantidade de hemoglobina circulante.

Além disso, para aumentar a disponibilidade de ferro presente nos alimentos, é recomendado tomar suco ou comer uma fruta cítrica junto à refeição, como laranja, limão, abacaxi ou tangerina. Veja mais alimentos ricos em ferro.

2. Uso de suplementos

Além da alimentação, o médico obstetra também pode prescrever a suplementação diária de ferro, sendo o sulfato ferroso líquido ou em comprimido o suplemento mais utilizado.

Esses suplementos de ferro podem causar efeitos colaterais como diarreia, constipação, náuseas e azia, e nas mulheres em que esses sintomas são muito fortes pode-se optar por injeções diárias de ferro. No entanto, essas injeções são dolorosas e podem causar manchas na pele.

Créditos ao site: TuaSaude  e Drª. Sheila Sedicias

 

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A NUTRIÇÃO PRÉ NATAL MATERNA E DA CRIANÇA https://doutorcarlosh.com.br/a-nutricao-pre-natal-materna-e-da-crianca/ https://doutorcarlosh.com.br/a-nutricao-pre-natal-materna-e-da-crianca/#respond Mon, 09 Aug 2021 16:23:31 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=744

A nutrição pré-natal materna e da criança nos primeiros 2 anos são cruciais para o neurodesenvolvimento e a saúde mental ao longo da vida. Riscos à saúde, incluindo obesidade, hipertensão e diabetes, podem ser programados pelo estado nutricional durante esse período. As calorias são essenciais para o crescimento do feto, mas não suficientes para o desenvolvimento do cérebro. Embora todos os nutrientes sejam necessários, os principais que apoiam o neurodesenvolvimento incluem proteínas; zinco; ferro; colina; folato; iodo; vitaminas A, D, B6 e B12; e ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa. A falha em fornecer nutrientes durante este período crítico de desenvolvimento do cérebro pode resultar em déficits na função cerebral, apesar da subsequente reposição de nutrientes. Compreender a interação complexa de micro, macronutrientes e neurodesenvolvimento é a chave para ir além de simplesmente recomendar uma “boa dieta” para otimizar a distribuição de nutrientes para a criança em desenvolvimento. Líderes em saúde pediátrica e formuladores de políticas devem estar cientes desta pesquisa, dadas suas implicações para as políticas públicas. Os pediatras devem consultar os serviços existentes de apoio nutricional para mulheres grávidas e lactantes, bebês e crianças. Finalmente, todos os provedores que cuidam de crianças podem advogar por dietas saudáveis para mães, bebês e crianças pequenas nos primeiros 1000 dias. Priorizar políticas públicas que garantam o fornecimento de nutrientes adequados e alimentação saudável durante esse período garantiria que todas as crianças tivessem uma base precoce para o neurodesenvolvimento ideal, um fator chave para a saúde a longo prazo.

Créditos: Dra Bruna Pitaluga

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O Ferro na Lactação https://doutorcarlosh.com.br/o-ferro-na-lactacao/ https://doutorcarlosh.com.br/o-ferro-na-lactacao/#respond Mon, 09 Aug 2021 16:12:03 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=738

O ferro é um componente estrutural de uma variedade de enzimas necessárias para uma série de processos metabólicos. Os bebês são
particularmente suscetíveis às consequências da deficiência de ferro devido ao rápido crescimento e desenvolvimento do cérebro. As necessidades de ferro do recém-nascido são atendidas por meio da utilização das reservas hepáticas acumuladas principalmente durante o último trimestre da gestação. No leite, o ferro está ligado a peptídeos de baixo peso molecular, glóbulos de gordura e lactoferrina, com a saturação média de ferro variando de 2,2% a 12%. As concentrações de ferro no leite atingem um máximo no colostro e subsequentemente diminuem durante o primeiro ano de lactação, com valores medianos relatados de 0,04 – 1,92 mg/L. Apesar de um aumento no volume de leite consumido, a ingestão diária total de ferro diminui desde o nascimento até 4 meses após o parto. As concentrações de ferro no leite humano são insuficientes para atender às necessidades do bebê e a suplementação pode ser indicada após os 6 meses de idade. As concentrações de ferro no leite materno não estão associadas à ingestão alimentar materna e geralmente são refratárias ao estado materno. A suplementação de ferro de mães anêmicas e não- anêmicas não melhora as concentrações de ferro no leite materno. Portanto, é determinante para a saúde fetal que as reservas dos estoques de ferro sejam feitas durante o terceiro trimestre de gestação. O profissional de saúde deve estar atento para a fisiologia da amamentação.

Créditos: Dra Bruna Pitaluga

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O ferro e o cérebro do feto https://doutorcarlosh.com.br/o-ferro-e-o-cerebro-do-feto/ https://doutorcarlosh.com.br/o-ferro-e-o-cerebro-do-feto/#respond Wed, 16 Jun 2021 10:03:54 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=708

A anemia por deficiência de ferro aumenta a morbidade materna e o risco de resultados adversos na gravidez, incluindo restrição de crescimento intrauterino, prematuridade e baixo peso ao nascer. Em comparação com mulheres sem deficiência de ferro (DF), grávidas e com estoques de ferro depletados no início da gravidez, têm maior probabilidade de desenvolver deficiência de ferro pré e pós-natal e ter um recém-nascido com baixo peso ao nascer.

A anemia é uma manifestação tardia da deficiência de ferro. Durante o crescimento fetal e quando o ferro é escasso, ele é direcionado principalmente para os tecidos eritropoiéticos do resto do corpo. Portanto, a DF pode existir em outros órgãos, como o cérebro, apesar dos níveis normais de hemoglobina.

A DF tem sido associada a doenças mentais e funções neurocognitivas prejudicadas, como memória insuficiente e processamento neural mais lento, que pode ser devido à DF independentemente da anemia. No pós-natal, essa deficiência está ligada ao estado de ferro neonatal e carga de ferro fetal, e está associada a permanente efeitos cognitivos e comportamentais mensuráveis ​​até os 19 anos de idade, mesmo com reposição de ferro pós-natal.

A suficiência de ferro é vital durante toda a gravidez. É especialmente importante a partir da 32ª semana de gestação, quando começa a mielinização rápida do cérebro, e ao longo da infância. Consequentemente, as mães devem ser examinadas e tratadas para DF antes da concepção. Se a DF persistir, mesmo após reposição oral, o ferro INTRAVENOSO deve ser prescrito. Além disso, os recém-nascidos devem ser examinados e tratados para identificação após o nascimento para evitar danos neurocognitivos permanentes

Créditos: Dra. Bruna Pitaluga

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Lei sancionada, amplia para 50 o número de doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo SUS https://doutorcarlosh.com.br/lei-sancionada-amplia/ https://doutorcarlosh.com.br/lei-sancionada-amplia/#respond Mon, 07 Jun 2021 12:53:52 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=697

Dia 06/06, Dia Nacional do Teste do Pezinho… e sabe qual a novidade?

No dia 27/05/2021, foi sancionada pelo presidente Jair Bolsonaro a Lei 14.154, que amplia para 50 o número de doenças rastreadas pelo Teste do Pezinho oferecido pelo Sistema Único de Saúde (SUS) 

O TESTE BÁSICO oferecido atualmente é capaz de detectar 6 doenças: Hipotireoidismo Congênito, Fenilcetonúria, Doença Falciforme, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita e Deficiência de Biotinidase.

Já o teste do pezinho AMPLIADO é mais completo, capaz de diagnosticar cerca de 50 DOENÇAS!!

E isso é MUITO IMPORTANTE e motivo de muita felicidade para mim! Agora, a partir da coleta de uma pequena amostra de sangue, pode-se identificar precocemente doenças metabólicas, genéticas e infecciosas que, quando tratadas com antecedência, possibilitam um desenvolvimento físico e mental adequado às crianças.

Quem tem um filho diagnosticado precocemente (e quem não tem), compreende a importância deste exame!

O teste deve ser coletado preferencialmente entre o 3° e o 5° dias de vida e sempre após 48 horas da primeira amamentação/alimentação do recém-nascido, mas pode ser coletado até 30 dias de vida do bebê.

O processo de ampliação do teste no SUS será feito de forma escalonada. O prazo para inclusão do rastreamento das novas doenças será fixado pelo Ministério da Saúde. As mudanças propostas pelo texto entrarão em vigor 365 dias após sua publicação, ou seja, a partir de maio do ano que vem.

Até que seja implementado a nível nacional a cobertura para as 53 doenças (e possivelmente também o perfil SCID AGAMA), existe a opção de coleta particular. Apesar de ser um exame pago, quando pensamos nos benefícios, vale MUITO A PENA! Isso porque, através do diagnóstico precoce, é possível realizar um tratamento ou intervenção precoce, reduzindo as comorbidades associadas à doença ou, até mesmo, a doença em si!!!

 Se o seu bebê nascer antes da implementação de todas as etapas no SUS, você também tem a opção da coleta particular.

 Muitas famílias não sabem da existência dessa informação, então divulguem o post para informar todas as famílias e futuras famílias.

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O OBSTETRA – Saiba mais sobre esse profissional https://doutorcarlosh.com.br/o-obstetra-saiba-mais-sobre-esse-profissional/ https://doutorcarlosh.com.br/o-obstetra-saiba-mais-sobre-esse-profissional/#respond Sat, 03 Apr 2021 19:50:13 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=673

A gravidez

A gravidez é considerada uma das fases mais significativas na vida de uma mulher. Nesse período, ocorrem profundas mudanças no corpo e mente feminina, uma mistura de medo e expectativa acerca de como será a sua nova vida com a chegada do bebê. De fato, um momento delicado e que requer um cuidado especial. Nesse momento, ela possui um grande alidado, o Obstetra.

Para entender o que faz um obstetra é importante, primeiro, compreender a origem da palavra que nomeia a profissão. O termo vem do latim “obstare” que significa “ficar ao lado”. Essa especialidade médica que cuida da mulher durante o que chamamos de ciclo gravídico-puerperal, ou seja, durante as fases da pré-concepção, gestação, parto e pós-parto (também chamada de puerpério).

Diferenças entre Ginecologista e Obstetra

Uma das principais diferenças entre o ginecologista e o obstetra é que o ginecologista não realiza partos. Já o obstetra é autorizado a realizar partos, seja via parto normal ou com intervençao cirúrgica (cesareanas). No Brasil, a maioria dos profissionais são especializados nos dois segmentos. Por isso é comum a relação de confiança maior entre este profissional e a mulher, pois ele cuida da sua saúde ao longo da sua vida. O ginecologista cuida da saúde do aparelho reprodutor feminino enquanto o obstetra cuida das questões relacionadas ao ciclo gravídico-puerperal.

A obstetricia no passado sempre procurou identificar as doenças no binômio materno-fetal e todas as suas consequencias no feto em toda a sua vida extra-uterina.

Na verdade, a gestação não foi feita para ser tratada com medicamentos. Ela foi feita para que a gente possa orientar a mãe a nutrir o metabolismo materno. O metabolismo materno a nutrir o feto e este feto possa alcançar o seu potencial de saúde durante a sua vida intra-uterina.

O obstetra deve ser o especialista médico mais importante na vida de uma pessoa. Um bom pré-natal determina a saúde ou a doença daquele feto em desenvolvimento.

O obstetra é responsável por cuidar de 03 gerações: a mãe, o feto e os netos. Na atualidade o obstetra pode ser considerado: “O Pediatra do Feto”

 

Por que é importante conversar com o obstetra

Para garantir que a gravidez transcorra da forma mais tranquila e saudável possível, o obstetra deve conhecer a saúde da mãe, seja por meio de uma boa “anamnese”:  conhecer o seu estilo de vida, histórico familiar, histórico pessoal, presença de atividades físicas ou sedentarismo, se ela respeita o seu ciclo circadiano ou não, se está no peso adequado ou não, seus hábitos alimentares. A partir destas informações, é importante discutir e acompanhar com o seu obstetra os seguintes tópicos:

– Acompanhamento do peso da gestante durante toda a gravidez; é fundamental estimular a atividade física na gestação. Melhora a resistência insulínica, aumenta a massa magra, aumenta a atividade osteo-articular. Temos que abordar as consequências da obesidade na gestação; pois tem efeitos epigenéticos durante a gravidez; efeitos estes transgeracionais.

– Acompanhamento multi-disciplinar com presença de um profissional importante: a nutricionista, para garantir que a mulher grávida tenha uma dieta balanceada e rica em nutrientes;

– Valorizar o ciclo circadiano durante a gestação; a melatonina, hôrmonio produzido na glândula pineal tem ações importantíssimas na gestação: ação anti-oxidante, anti-inflamatórias, anti-hipertensivas, reguladores epigenéticos no desenvolvimento fetal, ou seja, a qualidade e quantidade do sono noturno durante a gestação, tem efeitos terapêuticos;

– Prescrição sempre de vitaminas e minerais através da Suplementação na Gestação; prescrição esta sempre quando possível, individualizada;

– Acompanhamento da pressão arterial, já que a hipertensão na gravidez (pré-eclampsia), oferece risco o binômio materno-fetal;

– Previsão de data do nascimento;

– Acompanhamento do crescimento e formação do bebê no ambiente intra-uterino, por meio de exames de ecografias obstétricas

– Preparar o corpo e mente desta grávida para o momento mais importante da vida do feto; o nascimento.

 

A escolha do obstetra tem, assim, cada vez mais significado. É importante procurar profissionais bem formados, que se mantenham atualizados, sejam experientes e, acima de tudo, tenham vocação, e não se esqueçam do que realmente significa essa parte da medicina. É imprescindível que você confie plenamente no obstetra que escolher para acompanhá-la nessa fase única da vida.

Pesquise, converse com amigas. Questione o profissional a respeito da maneira que ele atua, não apenas durante o pré-natal, mas também em relação ao final da gestação. Questões como o tipo de parto, e a maneira como ele será conduzido, devem ser sempre conversadas quando da escolha do seu médico. Tudo isso para assegurar que esse período especial ocorra como você imaginou, com segurança e tranquilidade.

Com tanta responsabilidade, é essencial que a mãe tenha confiança e se sinta à vontade com o seu médico obstetra. Além de ser a pessoa que irá acompanhá-la ao longo de vários meses, o obstetra tem depositada em si a responsabilidade de zelar pela vida da mãe e do feto com segurança e todo o cuidado que uma nova vida exige.

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Importância do pré-natal https://doutorcarlosh.com.br/importancia-do-pre-natal/ https://doutorcarlosh.com.br/importancia-do-pre-natal/#respond Wed, 24 Mar 2021 12:04:02 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=652

A realização do pré-natal representa papel fundamental na prevenção e/ou detecção precoce de patologias tanto maternas como fetais, permitindo um desenvolvimento saudável do bebê e reduzindo os riscos da gestante. Informações sobre as diferentes vivências devem ser trocadas entre as mulheres e os profissionais de saúde. Essa possibilidade de intercâmbio de experiências e conhecimentos é considerada a melhor forma de promover a compreensão do processo de gestação.

Deverão ser fornecidos pelo serviço de saúde:

– o cartão da gestante com a identificação preenchida e orientação sobre o mesmo;
– o calendário de vacinas e suas orientações;
– a solicitação de exames de rotina;
– as orientações sobre a sua participação nas atividades educativas – reuniões em grupo e visitas domiciliares;
– o agendamento de consulta médica para pesquisa de fatores de risco.

Vantagens do pré-natal:

– permite identificar doenças que já estavam presentes no organismo, porém, evoluindo de forma silenciosa, como a hipertensão arterial, diabetes, doenças do coração, anemias, sífilis, etc. Seu diagnóstico permite medidas de tratamento que evitam maior prejuízo à mulher, não só durante a gestação, mas por toda sua vida;
– detecta problemas fetais, como más formações. Algumas delas, em fases iniciais, permitem o tratamento intraútero que proporciona ao recém-nascido uma vida normal;
– avalia aspectos relativos à placenta, possibilitando tratamento adequado. Sua localização inadequada pode provocar graves hemorragias com sérios riscos maternos;
– identifica precocemente a pré-eclâmpsia, que se caracteriza por elevação da pressão arterial, comprometimento da função renal e cerebral, ocasionando convulsões e coma. Esta patologia constitui uma das principais causas de mortalidade no Brasil.

Principais objetivos:

– preparar a mulher para a maternidade, trazendo informações educativas sobre o parto e o cuidado da criança (puericultura);
– fornecer orientações essenciais sobre hábitos de vida e higiene pré-natal;
– orientar sobre a manutenção do estado nutricional apropriado;
– orientar sobre o uso de medicações que possam afetar o feto ou o parto ou medidas que possam prejudicar o feto;
– tratar das manifestações físicas próprias da gravidez;
– tratar de doenças existentes, que de alguma forma interfiram no bom andamento da gravidez;
– fazer prevenção, diagnóstico precoce e tratamento de doenças próprias da gestação ou que sejam intercorrências previsíveis dela;
– orientar psicologicamente a gestante para o enfrentamento da maternidade;
– nas consultas médicas, o profissional deverá orientar a paciente com relação à dieta, higiene, sono, hábito intestinal, exercícios, vestuário, recreação, sexualidade, hábitos de fumo, álcool, drogas e outras eventuais orientações que se façam necessárias.

A assistência ao pré-natal é o primeiro passo para parto e nascimento humanizados e pressupõe a relação de respeito que os profissionais de saúde estabelecem com as mulheres durante o processo de parturição e, compreende:

– parto como um processo natural e fisiológico que, normalmente, quando bem conduzido, não precisa de condutas intervencionistas;
– respeito aos sentimentos, emoções, necessidades e valores culturais;
– disposição dos profissionais para ajudar a mulher a diminuir a ansiedade e a insegurança, assim como o medo do parto, da solidão, da dor, do ambiente hospitalar, de o bebê nascer com problemas e outros temores;
– promoção e manutenção do bem-estar físico e emocional ao longo do processo da gestação, parto e nascimento;
– informação e orientação permanente à parturiente sobre a evolução do trabalho de parto, reconhecendo o papel principal da mulher nesse processo, até mesmo aceitando a sua recusa a condutas que lhe causem constrangimento ou dor;
– espaço e apoio para a presença de um(a) acompanhante que a parturiente deseje;
– direito da mulher na escolha do local de nascimento e coresponsabilidade dos profissionais para garantir o acesso e a qualidade dos cuidados de saúde.

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Recomendações na Vacinação de gestantes e lactantes contra COVID-19 https://doutorcarlosh.com.br/rec_vac-_covid/ https://doutorcarlosh.com.br/rec_vac-_covid/#respond Wed, 20 Jan 2021 22:34:29 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=615

Com a aprovação de vacinas contra COVID-19 pela Agencia Nacional de Saúde (ANVISA) a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) emite essa recomendação em relação à vacinação de gestantes e lactantes, com as vacinas aprovadas para uso emergencial no Brasil.

O objetivo da vacinação nesse momento é a redução da morbimortalidade causada pelo novo coronavírus, bem como a manutenção do funcionamento da força de trabalho dos serviços de saúde e a manutenção do funcionamento da força de trabalho dos serviços de saúde e a manutenção do funcionamento dos serviços essenciais. [Informe Técnico MS]

A ANVISA liberou para uso emergencial as seguintes vacinas:

1) Laboratório Sinovac (Coronavac) para uso em adultos maiores de 18 anos em regime de duas doses com intervalo de 2 a 4 semanas

2) Laboratório Serum (COVISHIELD) para uso em adultos maiores de 18 anos em regime de duas doses.

Como essa vacina não se encontra disponível, a Febrasgo estará atualizando essas recomendações com essa formulação, assim que for incorporada ao programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde do Brasil.

O Ministério da Saúde iniciará a campanha nacional de vacinação contra a covid-19 com um total de 6 milhões de doses da vacina Sinovac (Butantan) que tem indicação de duas doses para completar o esquema vacinal (intervalo de 2 a 4 semanas entre elas) e o percentual de perda operacional de 5%, estima-se vacinar nesta primeira etapa cerca de 2,8 milhões de pessoas, priorizando os grupos que seguem: trabalhadores da saúde, pessoas idosas residentes em instituições de longa permanência (institucionalizadas); pessoas a partir de 18 anos de idade com deficiência, residentes em Residências Inclusivas (institucionalizadas); população indígena vivendo em terras indígenas. [Informe Técnico MS]

Todos os trabalhadores da saúde serão contemplados com a vacinação, entretanto a ampliação da cobertura desse público será gradativa, conforme disponibilidade de vacinas. Ressalta-se ainda que as especificidades e particularidades regionais serão discutidas na esfera bipartite (Estado e Município). [Informe Técnico MS]

Com a autorização da ANVISA e revisão de literatura, a Febrasgo recomenda:

  • A segurança e eficácia das vacinas não foram avaliadas em gestantes e lactantes, no entanto estudos em animais não demonstraram risco de malformações.
  • Para as gestantes e lactantes pertencentes ao grupo de risco, a vacinação poderá ser realizada após avaliação dos riscos e benefícios em decisão compartilhada entre a mulher e seu médico prescritor.
  • As gestantes e lactantes devem ser informadas sobre os dados de eficácia e segurança das vacinas conhecidos assim como os dados ainda não disponíveis. A decisão entre o médico e a paciente deve considerar: o nível de potencial contaminação do vírus na comunidade; a potencial eficácia da vacina; o risco e a potencial gravidade da doença materna, incluindo os efeitos no feto e no recém nascido e a segurança da vacina para o binômio materno-fetal.
  • O teste de gravidez não deve ser um pré requisito para a administração das vacinas nas mulheres com potencial para engravidar e que se encontram em condições de risco.
  • As gestantes e lactantes do grupo de risco que não concordarem em serem vacinadas, devem ser apoiadas em sua decisão e instruídas a manterem medidas de proteção como higiene das mãos, uso de máscaras e distanciamento social.
  • Os eventos adversos esperados devem ser monitorados
  • As vacinas não são de vírus vivos e têm tecnologia conhecida e usada em outras vacinas que já fazem parte do calendário das gestantes como as vacinas do tétano, coqueluche e influenza.
  • Para as mulheres que foram vacinadas inadvertidamente e estavam gestantes no momento da administração da vacina, o profissional deverá tranquilizar a gestante sobre a baixa probabilidade de risco e encaminhar para o acompanhamento pré-natal. A vacinação inadvertida deverá ser notificada no sistema de notificação e-SUS notifica como um “erro de imunização” para fins de controle. [Informe Técnico]

Risco da infecção do SARS-Cov2 na gestação

Alguns trabalhos sugerem que gestantes com COVID-19 sintomáticas, estão sob risco de doença mais grave comparadas com as mulheres não grávidas. [Ellington MMWR 2020Collin 2020Delahoy MMWR 2020Panagiotakopoulos MMWR 2020Zambrano MMWR 2020]. Embora o risco para doença grave seja baixo em gestantes, alguns dados indicam que uma vez com a COVID-19, existe um risco maior para complicações como uso de ventilação mecânica, suporte ventilatório e morte comparados com mulheres não grávidas com doença sintomática. ,[ Zambrano MMWR 2020]

Assim como na população geral, as gestantes com comorbidades como obesidade e diabetes, apresentam um risco aumentado para complicações da doença. [Ellington MMWR 2020,  Panagiotakopoulos MMWR 2020,Knight 2020,  Zambrano MMWR 2020]

Também as gestantes da raça negra e as brancas hispânicas apresentaram uma taxa aumentada de infecções e mortes por COVID-19. Essas diferenças refletem os fatores socioeconômicos que incluem o acesso aos cuidados de saúde.[Ellington MMWR 2020Zambrano MMWR 2020]

Conclusão:

Até o momento da publicação dessa recomendação, duas vacinas foram aprovadas pela ANVISA para uso emergencial., entretanto somente temos a disponibilidade de uma que se encontra no país. Com a iminente promessa de chegada de outro produto e futuras submissões de outras formulações, a Febrasgo estará atualizando essas recomendações de maneira contínua, o mais rapidamente possível, para assegurar um guia seguro para uso dos seus associados.

Autores: Comissão Nacional Especializada em Vacinas da Febrasgo

 

 

Referencias

  1. Ministério da Saúde Campanha Nacional de Vacinação contra Covid 19 Informe Técnico do MS 18 de janeiro de 2021
  2. Advisory Committee on Immunization Practices. ACIP recommendations. Available at: https://www.cdc.gov/vaccines/acip/recommendations.html. Retrieved December 11, 2020.
  3. Centers for Disease Control and Prevention. COVID-19 (coronavirus disease): people with certain medical conditions. Available at: https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/need-extra-precautions/people-with-medical-conditions.html. Retrieved December 11, 2020.
  4. Ellington S, Strid P, Tong VT, Woodworth K, Galang RR, Zambrano LD, et al. Characteristics of women of reproductive age with laboratory-confirmed SARS-CoV-2 infection by pregnancy status – United States, January 22-June 7, 2020. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2020;69:769-75. Available at: https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/69/wr/mm6925a1.htm. Retrieved December 11, 2020.
  5. Ethical issues in pandemic influenza planning concerning pregnant women. Committee Opinion No. 563. American College of Obstetricians and Gynecologists. Obstet Gynecol 2013;121:1138-43. Available at: https://journals.lww.com/greenjournal/Fulltext/2013/05000/Committee_Opinion__No__563__Ethical_Issues_in.47.aspx. Retrieved December 11, 2020.
  6. Knight M, Bunch K, Vousden N, Morris E, Simpson N, Gale C, et al. Characteristics and outcomes of pregnant women admitted to hospital with confirmed SARS-CoV-2 infection in UK: national population based cohort study. UK Obstetric Surveillance System SARS-CoV-2 Infection in Pregnancy Collaborative Group. BMJ 2020;369:m2107. Available at: https://www.bmj.com/content/369/bmj.m2107. Retrieved December 11, 2020.
  7. Panagiotakopoulos L, Myers TR, Gee J, Lipkind HS, Kharbanda EO, Ryan DS, et al. SARS-CoV-2 infection among hospitalized pregnant women: reasons for admission and pregnancy characteristics – eight U.S. health care centers, March 1-May 30, 2020. MMWR Morb Mortal Wkly Rep 2020;69:1355-9. Available at: https://www.cdc.gov/mmwr/volumes/69/wr/mm6938e2.htm. Retrieved December 11, 2020.

Texto extraído do site febrasgo. Créditos à febrasgo.org.br/ 

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Vacinação Gestacional e Fake News https://doutorcarlosh.com.br/vacinacao-gestacional-e-fake-news/ https://doutorcarlosh.com.br/vacinacao-gestacional-e-fake-news/#respond Thu, 10 Dec 2020 18:51:19 +0000 https://doutorcarlosh.com.br/?p=576

Segundo pesquisa do instituto ibope, publicada em setembro, 5% da
população brasileira diz que não tomará a vacina Covid-19, em
hipótese alguma, quando estiver disponível.
O contingente de brasileiros que pode não se imunizar contra a doença
chega a 20%. entre eles, um dado chama a atenção, 34% das pessoas
entrevistadas embasam suas decisões em informações como:

  • A vacina contém chips implantados
    para controle populacional;
  • A vacina pode causar doenças,
    como autismo;
  • Ou a vacina poderia alterar o DNA;

Entre outros dados falsos.

As fake news são um desafio da contemporaneidade e podem também
impactar na saúde das gestantes. Nesse ano de 2020, a cobertura vacinal de
dTpa gestante está em apenas 43,75%¹.

Entre 2019 e 2020, foram registrados 3,8 bilhões de acessos a notícias falsas
relacionadas à área de saúde, por meio do facebook, apenas nos Estados Unidos
Reino Unido, França, Alemanha e itália.

O compartilhamento de notícias falsas pode levar as pacientes a duvidarem
de dados comprovados e negligenciar sua saúde.
Faça parte, promova a informação de valor.

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